Chegando ao fim de 2015, reuni neste post os dez assuntos que apareceram aqui no Primeiro Digital no decorrer do ano e que considero como os mais importantes e relevantes também por apontarem tendências e caminhos para o meio digital. Não foi um ano fácil, mas pela lista dá para ver que foi um ano movimentado para o bem ou para mal do mercado. Ainda pairam dúvidas sobre para onde vai o jornalismo em geral, tendo o digital como protagonista tal e qual em um faroeste: ora como o bem-vindo pistoleiro que chega e resolve todos os problemas, ora como o estranho forasteiro que representa uma ameaça.
Veja a lista dos dez assuntos selecionados:
Instant Articles
O aplicativo levou diversos veículos inclusive do Brasil para dentro do Facebook, abrindo discussão sobre o domínio da rede social na distribuição de conteúdo. E também por representar mais uma ação do site do Zuckerberg na estratégia de tornar o Facebook como a página única de quem acessa a internet.
Veículos como o jornal alemão Bild e a revista americana Forbes estão em guerra contra os mecanismo que bloqueiam a exibição de banners. E a arma usada é o acesso negado aos leitores que usam extensões como o AdBlock.
O ano foi de demissões em grandes veículos como o jornal O Globo, que encerrou projetos como o Globo A Mais, enquanto que no meio revista, a decisão da Editora Abril de encerrar a edição impressa da Capricho, ficando apenas com conteúdo digital não agradou aos fãs fervorosos da publicação.
Notícias falsas com origem marketeira ou não e que circularam na internet em 2015 fizeram alguns veículos pagarem micos. E para ajudar, usuários de redes sociais também ajudaram a propagar conteúdo de perfis fakes de sites e até do Papa.
O smartphone virou protagonista e ser responsivo virou regra. Outro destaque é que o aumento no acesso via mobile já empatar e até superar o acesso pelo computador. Pensar na oferta de produtos para o smartphone é uma tendência para os próximos anos.
Uma quantidade interessante de projetos no meio digital, encampados por jornalistas empreendedores, mostrou que a busca por modelos de negócios autossustentáveis está servindo de motivação até como alternativa para a crise que assola principalmente os veículos da chamada mídia tradicional. Ser jornalista por conta própria está indo além de abrir (mais) uma assessoria de imprensa.
O aplicativo de transmissão ao vivo de vídeo vinculado ao Twitter ajudou o site do passarinho azul na briga por espaço no disputado mercado. Aposta certeira no formato vídeo e que caiu nas graças do pessoal que trabalha com rádio. É a “segunda tela” dos setoristas de clubes, por exemplo, durante coletivas e momentos em que não está no ar.
O avanço das redes sociais – Facebook, principalmente – como fonte de tráfego colocou em xeque o modelo dos portais, com sua página inicial perdendo relevância como “a” porta de entrada dos leitores na internet. As demissões, a reestruturação e a mudança na linha editorial no portal Terra, ocorrida neste ano, servem de exemplo para um possível esgotamento deste modelo.
Não só no Brasil, onde vivemos um cenário político confuso e raivoso ao extremo, mas também nos Estados Unidos, manter ou não o espaço para comentários dos leitores dentro de sites e nas redes sociais foi tema de análises e discussões. Há quem defenda inclusive a adoção de outras soluções como o “fale com o editor” para uma filtragem que garanta o mínimo de qualidade no que é enviado pelo leitor.
Iniciativas como o TAB, do UOL, e projetos como As Quatros Estações de Iracema e Dirceu, premiada reportagem do Diário Catarinense, apontam novas possibilidades na oferta de produtos especiais com de técnicas como o storytelling e elementos transmídia (texto, vídeos, fotos, infográficos, games…). Ganhamos outros exemplos para se juntar ao sempre citado Snow Fall, do New York Times.
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