Os dados são de 2013, mas apontam uma tendência de crescimento que em 2014, quando for pesquisado, certamente será comprovada. Mas vamos lá: a partir de conteúdo da Agência Brasil, separei os dados mais relevantes sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013 com o tema Acesso à Internet e à Televisão e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, que mostra que os brasileiros estão cada vez mais conectados e usando cada vez mais os smartphones, ainda que os dados indiquem que o desktop continua sendo muito usado.
Veja os principais dados.
– O percentual de pessoas com celular cresceu 131,4% (73,9 milhões de pessoas), desde 2005, alcançando 130,176 milhões de pessoas;
– 24,8% não tinha telefone celular em 2013;
– A região Centro-Oeste (83,8%) registrou, em 2013, a maior proporção de acesso ao celular;
– Em seguida aparecem as regiões Sul (79,8%) e Sudeste (79,5%);
– O Norte (66,7%) e o Nordeste (66,1%) são as regiões onde mais cresceu o acesso a um celular na comparação com os dados de 2005 (26,4% e 23,9%, respectivamente);
– Distrito Federal (89,4%) foi a UF com maior percentual de pessoas com celular, em 2013, seguido de Mato Grosso do Sul (83,5%) e Goiás (83,4%);
– Os menores percentuais de acesso foram registrados no Maranhão (52,3%) e no Piauí (62,6%);
– A posse de telefone móvel celular era maior entre as mulheres (75,9%), do que entre os homens (74,4%), em 2013.
– No Sudeste (79,8%), e no Sul (80,2%), a proporção de homens com telefone celular era maior que a de mulheres (79,2% e 79,3% respectivamente);
– A posse de celular cresceu em todas as faixas de idade a partir de 10 anos a 14 anos (49,9%), atingindo a maior proporção no grupo de idade de 25 anos a 29 anos (87,3%), caindo entre os idosos com mais de 60 anos (51,6%).
– 49,4% da população de 10 anos ou mais de idade (85,6 milhões de pessoas) tinham se conectado à internet;
– 48,0% (31,2 milhões) dos domicílios possuíam acesso à internet;
– O microcomputador foi o principal meio de acesso à internet nos domicílios (88,4%), mas o acesso via telefone móvel celular estava presente em 53,6% dos domicílios, enquanto o table tem 17,2% deles;
– O acesso à internet feito exclusivamente pelo telefone móvel celular ou tablet superou o microcomputador em Sergipe (28,9% por telefone celular/tablet versus 19,3% por computador), Pará (41,2% versus 17,3%), Roraima (32,0% versus 17,2%), Amapá (43,0% versus 11,9%) e Amazonas (39,6% versus 11,1%);
– A banda larga estava presente em 97,7% (30,5 milhões) dos domicílios com Internet, sendo que 77,1% (24,1 milhões) conectavam-se em banda larga fixa e 43,5% (13,6 milhões) em banda larga móvel;
– A utilização da internet era mais frequente entre os jovens de 15 a 17 anos (75,7%).
De cara, os dados mostram que pensar produtos digitais para o formato mobile não é mais tendência. É obrigação e um caminho para incrementar audiência e resultados financeiros. Corra, se ainda não pensa assim (o template do Primeiro Digital não foi escolhido por acaso; é um template, inspirado no Medium, criado para funcionar muito bem nos smartphones).
Como escrevi no post Todo mundo odeia o fim de semana, o GloboEsporte.com, por exemplo, já tem sua audiência dividida meio a meio entre dispositivos móveis e desktop.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa com 50 jornais indicou que 39 já tem mais audiência no smartphone do que no desktop.
The State of the News Media 2015: Newspapers ↓, smartphones ↑
Outro item importante para ser observado na pesquisa do IBGE diz respeito ao público que pode gerar novas oportunidades. Quantos produtos para mobile podem ser criados para o público feminino? Do que as mulheres gostam? Ou que tipo de informação elas precisam quando estão com seus smartphones, longe dos desktops?
E o crescimento no número de crianças de 10 a 14 anos com celular? É para pensar: o que os jornais estão fazendo para cativar esse público e garantir seu (leitor do) futuro? Se alguém conhece algum jornal que possui um aplicativo ou algo do tipo voltado para crianças, me avise.
Por fim, a banda larga, ainda que a gente ainda conviva com aquela banda de 30 que entrega 5 e até 1, já é uma realidade. E isso é um indiciativo para investimentos em conteúdo via streaming, o que favorece o aumento nas vendas das smart TVs e de produtos como Netflix, YouTube, rádios web, entre outros.
O que mais considera importante na pesquisa do IBGE?