Por Linete Martins*
“Só morre quem está ao vivo”. Gosto muito dessa frase do Ernesto Paglia, repórter da TV Globo, que li um tempão atrás em um artigo com referências às coberturas ao vivo, publicado em revista sobre a nossa profissão, o Jornalismo.Muitaa responsabilidade para profissionais dessa área que, além do conteúdo, estão submetidos ao julgamento público sobre sua imagem, voz, roupa, numa sociedade intensamente midiática e com respostas instantâneas, para o bem e para o mal.
Nesta noite de domingo, Glória Pires, atriz maravilhosa, foi o exemplo clássico de como a imagem de alguém com uma carreira consolidada pode sofrer alguns arranhões imediatos por deslizes ao vivo – principalmente se o fato é algo como o Oscar, com milhões de pessoas ligadas na programação. Seu ar blasé, seus comentários monossilábicos – “bacana”, “interessante”, “merecido” – sobre os filmes que viu e alguns comentários do tipo “não vi”, “não posso opinar”, “não sou boa de premonição” surpreenderam. Twitter bombou, Facebook também. Memes engraçadíssimos tomaram conta das redes junto com perguntas como: “O que ela está fazendo ali”?