Modelo de Negócio
“Quem ainda não montou uma estratégia de cobrança está pedindo para quebrar”
Padrão“Conteúdo não pode ser grátis. Se a empresa paga o salário de seu funcionário, é preciso dar valor a esse trabalho. Ou seja, cobrar pelo conteúdo. Não a notícia que todos têm, commodity, mas aquela que marca a diferença, a análise, o gráfico, a opinião de qualidade, a reportagem. Quem ainda não montou uma estratégia de cobrança (um paywall freemium, por exemplo) está pedindo para quebrar”.
Este um dos passos – cobrança de conteúdo – indicados pelo consultor Eduardo Tessler, em artigo publicado no Meio & Mensagem, para os jornais enfrentarem a crise em 2019.
Meu 2018 foi assim
PadrãoO ano de 2018 foi de muito trabalho, mas também muito gratificante.
O público está logo ali
PadrãoQual a razão para veículos de comunicação e empresas de um modo geral, no digital, não escolherem atuar de forma muito mais segmentada, investindo em nichos e em geolocalização para ganhar com a proximidade com o público? Abusar de memes ou ser over no ambiente digital não resolvem nem 1/3 das dificuldades para virar referência, atrair visitantes e converter em assinantes, financiadores ou clientes.
Menos é mais: Reduza a presença digital ao que é essencial
PadrãoVamos reduzir a presença digital ao que é essencial, ao que realmente funciona? Focar na qualidade e na utilidade e não na quantidade? Vale a pena estar num mesmo ambiente onde o que é postado pouco agrega por conta do comportamento dos usuários de Facebook, Instagram e Twitter, além do que é compartilhado no WhatsApp?
Farol Reportagem encerra publicações em junho
PadrãoCaros assinantes do Farol Reportagem,
O site vai deixar de produzir e publicar reportagens a partir de junho. Depois de quase dois anos de muita luta e resistência no Jornalismo em Santa Catarina, chegou a hora de agradecer imensamente a confiança e o apoio de todos, especialmente de vocês assinantes do Farol. Este apoio ajudou até agora a manter uma proposta de Jornalismo independente e comprometida com o interesse público, transparência dos poderes e Direitos Humanos. Muito obrigado! Viva a Reportagem!
O sábado começou com esta mensagem do meu amigo Lúcio Lambranho chegando por e-mail.
De @ludtke: “Queremos um ‘Netflix’ de notícias, mas necessitamos de um 1,99”
Padrão“Desde sempre bato na mesma tecla: conteúdo digital não se grampeia. Ele é produzido a granel. Cada grão é único, tem tamanho, sabor e textura diferentes, mas no mercado de notícias você só consegue comprá-lo por quilo, em pacotes embalados a vácuo pelo produtor. Esse é um mercado centrado em produto, quando deveria ter no centro quem consome: o leitor. E quando falamos na necessidade de mudança do eixo de financiamento do Jornalismo para a remuneração pelo conteúdo, isso fica ainda mais evidente.”
Este é o trecho de abertura do artigo Queremos um “Netflix” de notícias, mas necessitamos de um 1,99, do jornalista, professor e pesquisador Sérgio Lüdtke.
Site distribui conteúdo pago sem informar corretamente aos seguidores no Twitter
PadrãoO G1 Santa Catarina colocou no ar nesta segunda-feira (5) o especial “Florianópolis, uma cidade para todos”, patrocinado e produzido pela Prefeitura Municipal de Florianópolis. Colocado no site com a identificação “Especial Publicitário”, como deve ser, o especial é uma compilação de releases de ações da PMF e do prefeito Gean Loureiro.
O que há de errado nisso?
Santa Catarina ganha site especializado em assuntos jurídicos
PadrãoLançado oficialmente no dia 12 de setembro, o site JusCatarina é mais um projeto digital catarinense que, assim como o SC Inova, aposta na segmentação como sua principal característica. Mas como destacam seus criadores, os jornalistas Fabrício Severino e João Cavallazzi, além da cobertura da Justiça e do Direito em Santa Catarina, o site também quer contribuir para a disseminação da cultura jurídica e oferecer um espaço para o debate de temas relevantes não só para o estado, mas também para o país.
A pedido do Primeiro Digital, Severino e Cavallazzi compartilham a motivação, o propósito e o desafio de criar e manter o JusCatarina, mais uma iniciativa digital de jornalistas de Santa Catarina.
Do BlueBus: Google e Facebook ganham mais com anúncios do que todos os jornais e rádios juntos
LinkDe acordo com o o Inc., o Google vai faturar em 2017 80,8 bilhões de dólares só com publicidade. É tanto quanto todos os jornais e revistas do mundo inteiro, juntos, ganham com a venda de anúncios. O Facebook vem logo em seguida, com 36,3 bilhões de dólares – praticamente o mesmo que todas as estações de rádio, juntas, faturam com a venda de espaço publicitário. Google e Facebook abocanham cerca de 50% de todo o dinheiro investido em publicidade globalmente – número que em breve deve atingir os 83%, segundo cálculos da Digital Content Next.
Leia a notícia completa no BluBus.
P.S.: Explica-se, por exemplo, que o esforço em iniciativas como as da Gazeta do Povo, ao encerrar o impresso, seja de buscar assinantes no digital.
P.S.: E também faz pensar no quanto que as empresas de mídia perderam espaço e o timing enquanto Google e Facebook (este último abastecido por conteúdo de veículos) tomavam conta do pedação. Deixaram chegar…
Gazeta do Povo: A última capa e o início de um novo modelo de negócio
PadrãoEsta é a última edição da Gazeta do Povo impressa em papel jornal, entregue diariamente no endereço de dezenas de milhares de assinantes e em bancas da grande Curitiba e de cidades do interior e do litoral do Paraná. A partir de amanhã, dia 1º de junho de 2017, a Gazeta passará a circular exclusivamente em suas plataformas digitais, no endereço gazetadopovo.com.br na internet e em seu aplicativo para smartphones e tablets, e também numa edição semanal, impressa em papel de alta qualidade. Com a mudança, o jornal, que já se estruturava como um veículo com foco no ambiente digital, passa a executar a estratégia mobile first, em que a produção de seu conteúdo se dirige, prioritariamente, a dispositivos móveis.
Este é o trecho que abre o texto publicado na edição desta quarta-feira (31) e que marca o fim da edição impressa da Gazeta do Povo, de Curitiba, um dos principais jornais do país. E que amanhã passa a viver uma nova era, um novo modelo de negócio e que poderá inspirar muitos outros veículos que buscam um caminho para a sustentabilidade do negócio.
Do Inova.Jor: Por que a Gazeta do Povo decidiu trocar o papel pelo digital
LinkO jornalista Renato Cruz publicou um ótimo texto a respeito da decisão da Gazeta do Povo de encerrar sua edição impressa e ficar só no digital a partir do dia 1º de junho. Destaco alguns trechos do texto publicado no site Inova.Jor.
Mais detalhes sobre as mudanças na Gazeta do Povo
PadrãoNo final deste mês de maio, a Gazeta do Povo, de Curitiba e um dos mais importantes jornais do Brasil, deixa de circular no formato impresso. Existirá somente no digital, em um projeto ousado que está chamando a atenção de jornalistas e donos de veículos. Ontem (16), o diretor de Redação da Gazeta do Povo, Leonardo Mendes Júnior, participou do webinar Exclusiva e na palma da mão: a nova Gazeta do Povo , promovido pelo programa de qualificação da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
Do Poder360: The Guardian deixará de usar app da Apple e do Facebook para publicar notícias
LinkO jornal britânico The Guardian deixará de usar as plataformas Instant Articles, do Facebook, e Apple News para compartilhar notícias. A empresa avalia que o dinheiro produzido com a visita às páginas desses dispositivos não ultrapassa o que o jornal fatura com o próprio site. A informação é do site Digiday.
A mudança foi realizada na última 6ª feira (21.abr.2017). Outros portais também reduziram radicalmente o uso destes aplicativos, como a BBC News, National Geographic, The Wall Street Journal e o The New York Times.
(…)
Para fazer frente à queda na arrecadação com publicidade, o Guardian tem incentivado que leitores se tornem membros associados do jornal – 200 mil já compraram esta modalidade.
Relatório avalia estratégia digital e projeta futuro do The New York Times
PadrãoEm 2014, um relatório interno do The New York Times vazou e causou furor por apresentar uma avaliação pouco animadora sobre a estratégia digital adotada pelo grupo até então. As falhas no processo foram expostas e viraram tema para discussão porque até aquele momento o NYT era um exemplo a ser seguido muito por causa do modelo de paywall criado pelo jornal.
Nesta semana, um novo relatório do The New York Times veio à tona, mas desta vez de um jeito diferente. Não houve um vazamento, mas sim uma superprodução do próprio veículo que transformou o documento num especial multimídia, como destaca o NiemanLab.
Segmentação perde espaço para “catadão da internet”
PadrãoFico impressionado e até desanimado quando vejo sites que estão abrindo mão da segmentação para virar um “catadão da internet”. Segmentação sempre foi um caminho viável para atrair leitores e anunciantes. Ainda mais nos dias de hoje quando se fala muito em ser referência, autoridade na área em que atua. Mas como chegar a esse patamar se falta “personalidade” ao site? E no fim das contas fica parecendo um papagaio, repetindo o que outros sites e portais – estes sim referências – já publicaram e espalharam pelas redes sociais?
Do Knight Center: Por que jornais brasileiros batem recorde de audiência, vendem assinaturas digitais, e ainda assim estão em crise?
Link(…) Mesmo com o crescimento da circulação digital paga e da audiência, muitos jornais brasileiros seguem fechando no vermelho ou apresentando resultados positivos muito reduzidos.
Do Knight Center: Após adotar paywall, jornais brasileiros batem recorde de audiência e vendem cada vez mais assinaturas digitais
LinkQuem indicou a reportagem “Após adotar paywall, jornais brasileiros batem recorde de audiência e vendem cada vez mais assinaturas digitais” foi a colega jornalista Ingrid Cristina dos Santos, do Diário Catarinense. Apesar da reportagem trazer uma série de números, ela compartilhou o link no seu Facebook destacando o seguinte trecho:
Do El País: Presidente do Vice prevê um frenesi de aquisições e fusões em 2017
LinkEl presidente del grupo editorial norteamericano Vice Media, Shane Smith, pronostica que los medios de comunicación se enfrentarán en 2017 a “un baño de sangre” en sus negocios. Con esa contundencia ve Smith lo que le espera al sector, abocado a una serie de alianzas entre las grandes cadenas televisivas, los medios tradicionales y online y las productoras audiovisuales que puede trastocar el panorama para las próximas décadas. El ejecutivo cifra en un 30% la pérdida de empresas digitales que supondrán las fusiones y la pelea por la audiencia.
“Lo que vamos a ver es un frenesí de adquisiciones y fusiones en el que los dos o tres grandes compren a los últimos en llegar para poder decir: ‘Estamos en el sector digital, estamos en el sector móvil… somos listos”, apuntó Smith, en referencia a las grandes compañías audiovisuales sacudidas por la irrupción de Internet y los nuevos hábitos de las audiencias. “Y los medios digitales responderán: ‘Por fin tenemos dinero”, añadió.
Acompanhe o projeto GPS Jor pelo Facebook
PadrãoNa aula “Quem financia a mídia digital?“, realizada pelo ISCOM em junho, o jornalista, professor e pesquisador Jacques Mick falou um pouco sobre o projeto GPS Jor que ele e mais um time de pesquisadores estão desenvolvendo desde outubro de 2015 e que pretende analisar e propor “soluções para as crises do jornalismo contemporâneo”.
A partir deste mês de agosto, o GPS Jor ganhou uma página no Facebook e por lá é possível acompanhar notícias relevantes sobre jornalismo, de acordo com as áreas de interesse do projeto, mas também conhecer de perto o que propõe o trabalho. Pelo o que o Mick falou na aula do ISCOM, fiquei curioso com a proposta porque vai além da pesquisa, como descrito na página no Facebook:
Queremos contribuir para a construção de mídias jornalísticas locais independentes e de qualidade, que sejam autosustentáveis e tenham governança social. Acreditamos que o jornalismo pode ser produzido não só por empresas, mas também por outras organizações. Entendemos que público pode e deve participar de muitas das decisões cotidianas desse jornalismo, e também pode financiá-lo. É o que chamamos de governança social.
Para saber mais e seguir os próximos passos do GPS Jor, acesse e curta www.facebook.com/gpsjor.