Mesmo na baixa, o Twitter sempre manteve suas principais características e virtudes especialmente na prestação de serviço (trânsito, tragédias, previsão do tempo…), como segunda tela (o verdadeiro auditório virtual das TVs) e arquibancada dos fanáticos por futebol.
Mas agora, mesmo que eu seja fã e tenha registrado o “novo crescimento” da rede do passarinho, lamento, mas melhor teria sido continuar à margem do Facebook e do Instagram. Está difícil, mas muito difícil de circular por lá. Toda a utilidade e a relevância estão indo ladeira abaixo. É literalmente um crescimento para baixo.
A polarização política tem muito a ver com isso. O Twitter foi sequestrado por maus usuários e virou um game para ver quem coloca mais hashtags no Trendind Topics e pior: antes fossem apenas os robôs que estão escandalosamente manipulando e influenciando estatísticas e opiniões.
Também usuários “de carne e osso” fazem parte do processo de poluição do Twitter. Firme e fortes. E propagam as mentiras mais deslavadas, replicam e concordam com declarações ofensivas sem qualquer pudor, sem nenhuma verificação e sem vergonha alguma de parecer ignorante ou mal intencionado – ou os dois.
Uma pena que o Twitter tenha se tornado um ambiente tão poluído – algo que pensei que seria uma exclusividade do Facebook (até motivo para o meu afastamento de lá). E me parece que esta seja uma situação sem volta.
Ou seja, não há perspectiva de mudança por mais que o próprio Twitter venha a apresentar novidades como novo layout, transmissões em vídeo, medidas anti-fakes ou o que valha. Afinal, o ambiente de uma rede social depende sempre do modo como seus usuários como a usam e como se comportam . E o Twitter, neste momento, está sendo muito mal usado.
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