Alguns amigos no Twitter e no Instagram provavelmente não irão ler esse texto porque silenciaram a exibição de qualquer postagem com menções ao Big Brother Brasil, BBB, BBB222 e suas variações com e sem #. Ou não se interessam pelo programa da TV Globo ou estão com pilhas de livros para colocar a leitura em dia… 😉
Entendo, mas lamento porque, principalmente de 2020 para cá, quando o programa voltou a despertar interesse do grande público (pela carência provocada pela pandemia; naquele ano era a única atração de entretenimento inédita no ar), o BBB ajudou a aumentar e consolidar um “universo paralelo” à Globo, capaz de atrair milhares de seguidores para suas plataformas.
Há um misto de identificação e busca por diversão e eles se tornam fãs, inscritos e até assinantes (membros, como chama o YouTube: o seguir paga um valor mensal de apoio e eventualmente recebe algum tipo de recompensa, conteúdos extras e exclusivo).
Ou seja, você pode não assistir ao programa. Mas não pode deixar de acompanhar (com interesse pelo modelo de produto digital, incluindo a geração de receitas) e se divertir (por passar longe da cobertura oficial da Globo, pelo tom crítico e pelo ótimo humor de seus criadores, apresentadores e participantes). Estamos falando de entretenimento…
E não por acaso, na edição do BBB 22, que começa nesta segunda-feira (17), a Globo incluiu duas novas atrações de zoação do programa muito no clima do que se vê fora da emissora (incluindo suas plataformas digitais) com o apresentador Marcos Mion e o comediante Paulo Vieira. O Brasil tá vendo…
A repercussão do BBB movimenta as redes sociais, especialmente Twitter e Instagram. As plataformas se tornaram importantes para o engajamento e os mutirões que os fãs fazem para apoiar os participantes, especialmente por causa das votações de eliminação. Mas no “universo paralelo” da cobertura, o destaque são os canais no YouTube.
A maioria não é restrita ao tema BBB. São canais de entretenimento com alguns anos de existência e que falam de cultura popular, futebol, música, TV e… reality shows. Mas é quando o Big Brother começar que o show desses canais acontece de verdade.
Na lista dos que acompanho, destaco:
74,9 mil inscritos
Chico caminha para se tornar uma “lenda do BBB” mesmo sem participar do programa. Todos os anos, logo após o dia da estreia, ele anuncia no Twitter (@chicobarney) quem será o vencedor ou vencedora. Mesmo se acertar, todos esperam quem ele vai apontar e a previsão virou um “evento” a ponto dos participantes e até a TV Globo o citarem em suas postagens.
👁️ Acesse: www.youtube.com/user/chicobarneytv
173 mil inscritos
Durante o BBB, Ciro e Mateus capricham nas análises (ácidas e sarcásticas) e uma das máximas da dupla é criticar os participantes que são contra o entretenimento. E entre os conteúdos que mais viralizam no canal estão a lista do “Pior para o melhor”, em que analisa o desempenho de cada participante, e “A semana de…”, quando elegem um dos participantes que mais se destacou na semana para mostrar “porque é ele” (e merece a torcida do canal).
👁️ Acesse: www.youtube.com/c/OBrasilQueDeuCerto
2,04 mi de inscritos
Além dos mais de 2 milhões de inscritos, o que mais me impressiona na WebTVbrasileira é o perfil do público. Com frequência aparecem comentários no chat dos programas como “minha avó se tornou webtvzeira” ou “virei webtvzeiro por causa da minha mãe”. Ou seja, muito provavelmente o canal atrai um público muito mais próximo da TV dos outros canais que tratam do BBB.
👁️ Acesse: www.youtube.com/c/WebTVBrasileira
E em 2022 temos uma surpresa no “universo paralelo” à Globo na cobertura do BBB.
Trata-se do #SpacedoMuka. O “Muka” é o apelido do jornalista Murilo Ribeiro, atualmente repórter de entretenimento no portal Metrópoles (breve um post sobre esse fenômeno…) e que está usando a ferramenta Space do Twitter para reunir outros jornalistas e especialistas em TV (o próprio Chico Barney passa por lá) e reality shows para conversar sobre o Big Brother todas as noites, a partir das 23h.
A surpresa é uma ação fazer sucesso usando o Space, uma ferramenta que o Twitter criou na carona do (esquecido) ClubHouse e usa a mesma ideia: permitir criar salas de conversação em áudio ao vivo com múltiplos apresentadores/comentaristas e acesso livre para ouvintes. Após o encerramento os episódios não ficam arquivados – tipo Stories do Instagram. Aliás, a desconfiança sobre o Space nasceu porque o Twitter já vinha de um fracasso, o Fleet, uma tentativa de cópia do Stories e já descontinuada.
Mas parece surgir um horizonte para a ferramenta com o sucesso do #SpacedoMuka. Exemplo disso é que marcas já estão se associando à iniciativa de Murilo Ribeiro (que já mudou seu nome no Twitter para “Muka do Space”). A primeira foi o Burger King. Veja o tweet abaixo.
👁️ Acesse: @falamuka no Twitter
Contrata-se profissional com experiência e domínio no uso do ChatGPT. Ainda não vi, mas acredito…
O guia Coworking.Floripa é meu mais novo projeto e é uma iniciativa independente que visa…
Não é de hoje que acredito na curadoria de conteúdo como uma uma iniciativa relevante…
Ao lado do meu amigo Rogério Mosimann, da agência Infomídia, participei do segundo episódio do…
O Domo divulgou a edição 2021 do infográfico Data Never Sleeps que mostra o que…
O jornal O Munícipio, de Brusque (SC) e com edições locais em Blumenau e Joinville,…