Primeiro, o Extra. Agora, foi o UOL que teve o envio de notícias banido pelo WhatsApp. Segundo o portal, já eram 240 mil leitores inscritos no serviço, que começou distribuindo notícias dos principais times de futebol do Brasil e que na semana passada também inclui conteúdos de outras editorias e colunas – o que deve ter despertado o alerta no WhatsApp.
No caso do Extra, o jornal do Grupo Globo conseguiu reverter a situação e voltou a usar o WhatsApp no início de junho após 16 dias de bloqueio. Mas diferente do que faz o UOL, o Extra usa o aplicativo como canal de interatividade, recebendo textos, fotos e vídeos que viram pauta. O UOL faz apenas a distribuição do conteúdo – o que é algo relevante pelo número de usuários tanto de smartphone quanto de WhatsApp (só perde para o Facebook).
No texto publicado no UOL sobre o bloqueio não há informação sobre o motivo da decisão do WhatsApp. Mas deve ser o mesmo que prejudicou o Extra: o alto número de mensagens enviados que para o aplicativo aparecem como sendo spam. Nas entrelinhas, parece haver, na verdade, um interesse comercial por parte do WhatsApp, que pertence ao Facebook, em ter outro tipo de relação com veículos que usam o aplicativo seja para receber, seja para enviar mensagens em grande volume.
A situação volta a colocar em discussão a questão da dependência por ferramentas de terceiros (o rádio virou refém do WhatsApp na interagir com o ouvinte, por exemplo) e faz pensar também na distribuição de conteúdo (via WhatsApp é uma ótima ideia, mas sem uma estratégia que preveja algum custo, não funciona).
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