sábado, abril 20, 2024
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Palavras-chave nas novidades do Facebook, Instagram e WhatsApp

Mark Zuckerberg aproveitou o F8, o principal evento do seu conglomerado, para anunciar novidades no Facebook, no Instagram e no WhatsApp. A partir do resumo produzido pela editoria de Tecnologia do UOL, listei a seguir as palavras-chave, na minha opinião, do que vem aí.

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A barra do Facebook não está suja, está imunda com tantos escândalos e polêmicas relacionadas ao vazamento de dados e proliferação de notícias falsas. Por isso, qualquer anuncio de mudança / novidade deve ser visto com um boa dose de desconfiança sobre sua importância e relevância.

É desvio de foco? É cortina de fumaça? É justificativa para investidores? Por exemplo, mudar layout pode ter base em estudos, em análise de usabilidade, mas não é uma troca de cor que vai fazer a gente (eu, no caso) ter uma outra visão sobre o Facebook.

Integração

Prefiro o Instagram ao Facebook. Prefiro o WhatsApp ao Messenger. Me interessa ver tudo isso funcionando de modo integrado, numa “pessoa só” (se sacou a citação, manda um joinha)? Falei muitas vezes em posts e em cursos e palestras que o Facebook havia garantido o futuro com a compra do Instagram. E sigo pensando assim, agregando o WhatsApp ao pacote.

Ditadura do usuário

Muito interessante sempre desenvolver e apresentar novas funcionalidades. Mas até que ponto são novidades que o usuário realmente quer receber? Historicamente, vide os exemplos do Orkut e do Twitter, o usuário é rei, é quem ajuda a definir o que é e para que serve a rede social pelo uso que faz da plataforma. Exemplo disso são funções como o RT no Twitter, criado por uma @, ou mesmo o foco da rede (saiu “O que você está fazendo” e entrou “O que está acontecendo”).

Até que ponto as novas funcionalidades anunciadas pelo Zuckerberg são as que os usuários desejam? Por exemplo, você quer mesmo fazer transações financeiras pelo WhatsApp? “Acho que devia ser tão simples mandar dinheiro para alguém quanto mandar uma foto”, disse o Zuckerberg em sua apresentação. Mas diante do histórico de vazamentos de dados, tem como confiar, Zucka?

Métricas

Esconder números de curtidas em posts no Instagram é a novidade que deve estar “pirando” a cabeça de muitos, principalmente agências e influenciadores digitais.

Ainda não percebi o lado positivo de esconder likes. É psicológico? Mas o que o pessoal vai fazer com a ansiedade que sempre surge quando se publica uma nova imagem no Instagram? Só quem publica vai ver o total de curtidas, mas o legal não é mostrar para todo mundo que o post é um sucesso?

Além disso, o benchmarking ficará prejudicado com a novidade. Sem ver o que rende likes do concorrente, como saber o que funciona e o que não funciona no Instagram?

E para os influenciadores, o que deverá compensar a não-exibição dos likes é o shopping que permitirá a vendo direta dos produtos anunciados. O que vão vender de cinta modeladora e shake não está no gibi (mas eu também vou conferir para vender meus serviços mesmo não sendo influencer…).

Orkut

O Zuckerberg diz que Facebook vai dar moral para os grupos, num clima que deverá lembrar o das comunidades do Orkut (uma comparação que ele não fez, obviamente, e que só fará sentido entre os brasileiros e olhe lá!).

Mas a promessa é da mesma rede que matou a lista de interesses, que foi um das funções mais úteis do Facebook e que ajudava a fazer curadoria e a driblar o algoritmo. Fiz isso no projeto RIC Mais. Criei uma lista do portal e convidava o público para acessar o curtir para ver as atualizações das fanpage em tempo real. Mas aí mataram as listas e fim.

Se o foco estiver nos grupos, tiro o chapéu. E reforço a perspectiva de ser uma medida positiva para os usuários, citando o que disse Orkut Büyükkökten, fundador do Orkut,em entrevista do Gizmodo Brasil: “Atualmente, as redes sociais não são otimizadas para conectar as pessoas de forma significativa, mas para interesses de terceiros, anunciantes e grandes corporações”.

#ChupaTinder

E assim como fez ao chupar o Snapchat para criar o Instagram, Zuckerberg prepara a chegada ao Brasil do seu próprio Tinder, o Dating. O que isso significa? Que em algum momento o Facebook tentou comprar o Tinder e não conseguiu… E criou um clone!

Para saber mais detalhes sobre as novidades anunciadas pelo Facebook, acesse o resumo publicado pelo UOL:

Muita coisa nova! Veja o que vai mudar no WhatsApp, Facebook e Instagram

Se preferir, assista ao próprio Zuckerberg em sua apresentação.

Alexandre Gonçalveshttp://www.primeirodigital.com.br/alexandregoncalves
Jornalista, especializado em produção e gestão de conteúdo digital (portais, sites, blogs, e-books, redes sociais e e-mails) e na criação e coordenação de produtos digitais, atuando no Jornalismo Digital e no Marketing de Conteúdo.
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