Não lembro exatamente quando nem onde li, mas concordo com uma análise que dizia que o Facebook estava se tornando mais um agregador de feeds e deixando de ser uma rede social. Ou seja, se tornou um campo para distribuição de links. Tudo bem que muitos nem clicam e ainda assim destilam sua fúria e sua raiva mesmo assim. Mas se você distribui links no “Face”, pode conferir que o tráfego gerado por lá faz a diferença na sua audiência.
Entendo que o Facebook possa servir para gerar engajamento ou criar memes, mas essas ações depende muito do que se quer e do tipo de conteúdo que se está querendo propagar. Empresas que mataram seus sites para ter só uma página no Facebook erraram. E erraram muito. Assim como páginas que só existem no Facebook dificilmente vão conseguir remuneração para manter e crescer.
O mesmo vale para o veículo que tem site e fica chamando a participação dos leitores ou telespectadores em suas páginas no Facebook. Faz propaganda grátis do negócio do Mark Zuckerberg e não para seus sites ou portais. Tiro no pé porque no fim das contas os números de curtidas, compartilhamentos e comentários são só isso, não convertem em audiência real nem novos assinantes.
A geração de tráfego me parece ser a principal motivação para investir tempo para distribuir conteúdo por lá. Ainda mais sendo o Facebook uma rede cheia de “manhas técnicas” criadas para forçar a compra de Facebook Ads – o que não é condenável, é parte do modelo de negócio (alguém tem que pagar a conta na internet, lembre-se). Se você tiver verba sobrando para investir, ótimo. Caso contrário, seja prático e criativo para levar seu conteúdo/link para seus curtidores.
Nas estratégias que apresento para o Facebook, por exemplo, sempre destaco que seja publicado o link com imagem e não foto. O clique na foto leva para um post no Facebook e não para o seu site ou blog. E lá, o link para ficar perdido no meio de um texto descritivo que mais atrapalha que ajuda. Publicando o link com imagem, você encurta o caminho para o seu site. O leitor clica na imagem e vai para o site e não para o post na página do Facebook.
Se quiser entrar na onda de fotos com tarjas com legendas, ok, mas faça diferente. Não publique a foto. Publique o link e quando a imagem do link for exibida pelo Facebook, clique em carregar imagem e coloque a foto com a legenda, logo do site, etc..
Outra dica é estimular que seus leitores usem a opção lista de interesses do Facebook. Sabia que isso existe? Você mesmo pode criar a lista e divulgá-la para seus leitores ou pode ensinar seus leitores que usam a rede do Zuckerberg que criem suas listas. Assim, fica mais fácil acompanhar as atualizações das páginas que o leitor curte, sem ficar refém da timeline.
Em dia 2 de setembro de 2013, escrevi no Coluna Extra, usando o mesmo título deste post do Primeiro Digital, que começava assim:
“A partir de hoje não trabalho mais para Facebook. Ou seja, tudo o que quiser dizer ou compartilhar terá como fonte o Coluna Extra e não mais o próprio Facebook com a publicação de posts por lá”.
Meus colegas mais próximos, com os quais trabalhei e com que troco ideias sobre conteúdo digital, ouviram e ouvem bastante de mim essa frase “não trabalho para o Facebook”. O desafio é fazer o Facebook trabalhar para a gente, para o meu blog, para o site ou portal para o qual trabalho.
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