quinta-feira, abril 18, 2024
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#Migrei: “Foi uma decisão pensada já que queria começar a trilhar meu caminho no marketing digital”

Como já destacado no Primeiro Digital, a produção de conteúdo para marketing digital é um mercado que se abriu e parece crescer ainda mais para jornalistas. Não é uma migração automática porque exige conhecimentos específicos e uma compreensão de como as coisas funcionam na execução das tarefas e na própria relação com quem contrata.

Na observação deste movimento e por também fazer parte dele (é parte do menu da “plataforma do Alexandre”), começo uma série de entrevistas com jornalistas que trocaram a prática jornalística pelo trabalho com marketing digital. Migrei começa com a participação de Bruno Volpato, um dos criadores do site de humor Laranjas e que fez parte da equipe que eu montei para o projeto de internet RIC Mais, do Grupo RIC, em Santa Catarina.

Bruno, um editor de talento, sempre atento para tudo o que acontece ao seu redor numa redação (fez grandes contribuições sobre rotinas, uso de redes sociais, relacionamento com outros veículos…), é hoje do time da Resultados Digitais (Nota do Editor: Na foto, Bruno, de azul, entrevista o consultor Rafael Rez, autor do principal livro sobre marketing de conteúdo lançado no Brasil).

Com sede em Florianópolis, a RD domina o mercado de marketing digital no Brasil com seu software RD Station e como promotora de eventos como o RD On the Road e, principalmente, o RD Summit, que ajudam a propagar as práticas do marketing digital e acabam contribuindo também para a maior demanda por profissionais capacitados para produzir conteúdo para blogs, e-mails e redes sociais (Nota do Editor: Fale com o Bruno que ele explica mais sobre a edição 2018 do RD Summit, que mais uma vez terá três dias e será realizado em Florianópolis).

Na RD, Bruno é produtor de conteúdo, produzindo para o blog da empresa. E na entrevista abaixo, ele compartilha como ocorreu a migração para o marketing digital e, a partir de sua experiência, conta o que um jornalista precisa saber se decide fazer o mesmo caminho que ele.

Leia a entrevista.

Leia também:
#Migrei: “Me preparei ao buscar formação e ao acompanhar a migração de colegas para o digital”
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Um mercado para jornalistas, mas vamos com calma

 

Primeiro Digital: O que te levou a trocar o jornalismo pelo marketing digital?

Bruno Volpato – Embora gostasse muito do ambiente da redação e dos colegas, eu me sentia insatisfeito com alguns aspectos do local em que trabalhava. Profissionalmente, não via perspectiva de crescimento ali, ao mesmo tempo em que não considerava seriamente uma mudança para a concorrência ou mesmo de cidade. Em termos pessoais, a instabilidade de horários e os plantões de fim de semana, feriados e fim de ano estavam causando muito desgaste. Foi uma decisão pensada: eu pedi demissão, inclusive, já que queria começar a trilhar meu caminho no marketing digital o mais cedo possível. Fiz alguns frilas por algum tempo, aproveitei o tempo para fazer alguns cursos e, quase seis meses depois, surgiu uma vaga na empresa em que eu queria trabalhar. De qualquer forma, foi uma “separação” amigável, então não descarto um dia voltar ao jornalismo, já que continuo ligado ao digital e produzo conteúdo em várias plataformas.

Primeiro Digital: Qual o maior desafio nessa mudança? 

Bruno Volpato – Como nunca fui repórter, não sinto a tão comentada falta do contato com as fontes e a produção de matérias de relevância social, digamos assim. Acho que esse é o maior desafio para quem é jornalista “raiz”, que ama a reportagem. Sendo bem sincero, não consigo apontar algo que tenha me tirado o sono nessa transição. Bom, pensando bem, talvez a questão de ter que repetir algumas vezes as palavras-chave nos textos ainda me incomode, dá aquele cacoete de sair editando no final.

Primeiro Digital: O que da tua formação como jornalista ainda aplicas no dia a dia no marketing digital?

Bruno Volpato – Apesar de lermos muito sobre os aspectos técnicos de SEO (Otimização para buscas), o principal ponto da produção de conteúdo em marketing digital ainda é escrever textos bons de serem lidos. Embora não realize tantas entrevistas, preciso encontrar fontes de qualidade para oferecer informações relevantes ao meu leitor, fazendo curadoria. Podemos dizer, também, que temos algo como o lead no marketing digital, na linha de que precisamos, logo de cara, dar uma ideia geral do que está no post. Além disso, trabalho numa empresa que tem editores e editorias, então a vivência de redação me ajuda.

Primeiro Digital: O que um jornalista precisa saber e fazer antes de migrar para o marketing digital?

Bruno Volpato – Acho que os jornalistas que mais precisam se adaptar são os repórteres “de campo”, por causa do que citei na segunda pergunta. Pode ser que sintam uma certa frustração, mesmo que eventualmente façamos coberturas externas e entrevistas, portanto precisam se preparar para isso. Caso estejam procurando oportunidades em uma determinada empresa, estudar bem o negócio e a cultura é obrigatório. Quem já estava no digital vai ficar feliz, porque encontrará um mercado muito disposto a investir em plataformas e formatos variados. Além disso, com farta oferta de materiais, blogs e sites já existentes, dá ver onde você pode se encaixar e, principalmente, onde consegue se diferenciar.

Trocou o jornalismo pelo marketing digital? Compartilhe sua experiência!

Alexandre Gonçalveshttp://www.primeirodigital.com.br/alexandregoncalves
Jornalista, especializado em produção e gestão de conteúdo digital (portais, sites, blogs, e-books, redes sociais e e-mails) e na criação e coordenação de produtos digitais, atuando no Jornalismo Digital e no Marketing de Conteúdo.
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