Os jornalistas María Ramírez e Eduardo Suárez, do blog #nohacefaltapapel, publicaram uma lista de 13 lições para inovar no jornalismo com base no que foi debatido no 16° Simpósio Internacional em Jornalismo Online (ISOJ), realizado na Universidade do Texas em Austin nos dias 17 e 18 de abril e do qual ambos participaram. “Estas são as lições que tiramos este ano do encontro e são especialmente úteis para a imprensa fora dos Estados Unidos”, escrevem os autores.
A lista apresenta caminhos, tendências e algumas realidades sem volta para o jornalismo digital. Publico abaixo as 13 lições de María Ramírez e Eduardo Suárez com um pequeno comentário-resumo feito por mim. O conteúdo completo está disponível no blog de María Ramírez e Eduardo Suárez e também em português no blog do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, onde você confere as lições comentadas por seus autores.
Segue a lista.
1. Publique em todas as partes
Reforça a ideia de que a home de um site já não é o principal elo de ligação com o leitor, que chegam por buscas e redes sociais.
2. Publique notificações
Uma estratégia com base no maior uso de smartphones, como lembrado no post Todo mundo odeia o fim de semana, aqui no Primeiro Digital.
3. Volte à ‘newsletter’
Ganha força novamente diante de restrições impostas em redes sociais como Facebook. E-mail não caiu em desuso e favorece contato direto com leitor.
4. Escolha bem o que cobrir
Dica preciosa para quem aposta em querer abraçar tudo, publicar sobre tudo. Ser referência em um assunto é um caminho.
5. Outra publicidade é possível
Destaque para o modelo de publicidade nativa, que é uma alternativa interessante para veículos e também para jornalistas como oportunidade de trabalho na produção do conteúdo.
6. A velocidade de descarga das páginas
Desafio dos sites: abrir sem demora. Há sites com profissionais nas redações dedicados ao assunto, á tarefa de fazer as páginas abrirem cada vez mais rápido.
7. Edite do celular
Não basta só saber que desenvolvimento deve privilegiar o formato mobile. Também é preciso adotar rotinas ousadas como editar conteúdo também pelo smartphone, o que para alguns ajuda a pensar de forma diferente.
8. Matérias longas no celular
Uma tendência para analisar: conteúdos de fôlego também pensados para o formato mobile.
9. Nem sinal do tablet
O dispositivo passou batido, sem menções e sem destaques durante o simpósio.
10. Personalize sua oferta
Muita informação circulando e muito mais gente conectada. Logo, quanto maior a curadoria para entregar o conteúdo que realmente interessa, maior a change de cativar e fidelizar o leitor. Pesquise sobre definir persona ou avatar.
11. Invista em realidade virtual
A discutir. Os autores falam de projeto de realidade virtual aplicado ao jornalismo com foco em contar histórias.
12. O tráfego é outra coisa
Audiência pela audiência? Não, audiência com inteligência para conhecer mais sobre o leitor a partir de informações valiosas que os contadores de acesso fornecem.
13. Desenvolvedores na redação
Maria e Eduardo encerram a lista citando o exemplo do Washigton Post, considerado um dos veículos mais inovadores do ano e que colocou desenvolvedores na redação, junto aos jornalistas, para gerar uma sinergia em prol da inovação nos produtos do jornal na internet.
Leia o post completo no blog do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas