Sou fã do Omelete, um dos mais importantes ou quem sabe até o mais importante site de cultura pop da internet brasileira. Além do site e da cobertura especial de tudo o que assunto nos segmentos de cinema, séries, quadrinhos e games, o pessoal do Omelete uma programação diária no YouTube, de segunda a sexta, às 20h, para conversas animadas entre os integrantes da redação.
No programa desta segunda-feira, no entanto, o tom foi mais sério. Em vez de comentários e notícias sobre filmes da Marvel ou filmes da DC Comics, por exemplo, o assunto do OmeleTV foi o comportamento dos “comentaristas de internet”, os sabichões que “sabem tudo” e conseguem despejar ódio até em posts e vídeos sobre cultura pop ou cultura nerd. Ou seja, não há limites nem humor para os haters de plantão.
O título do programa já diz tudo: Seja você mesmo: Não se sinta obrigado pela internet. A turma do Omelete (nesta edição, Érico Borgo, Natália Bridi e Thiago Romariz) cita como exemplo os comentários raivosos que foram publicamos em conteúdos sobre o filme do Quarteto Fantástico, antes mesmo da estreia em cinemas brasileiros.
Borgo, Natália e Romariz fazem considerações pontuais e certeiras a respeito do comportamento dos comentaristas que simplesmente se recusam a aceitar opiniões diferentes. Ao mesmo tempo, os tais comentaristas, em geral jovens que usam a agressividade para serem ouvidos (ou quase), se escondem em perfis ocultos ou atrás dos chamados “times” para fazer a defesa cega, surda e nunca muda do seu ídolo, exigindo sempre opiniões opositivas. “Não há nada sadio na internet”, afirma Borgo, um dos fundadores do Omelete.
Veja a descrição do vídeo do OmeleTV desta segunda-feira:
A internet ama odiar. Nos últimos dias, com a estreia de Quarteto Fantástico, as timelines do Twitter, Facebok e várias outras redes sociais se integraram em um ódio coletivo contra o filme de Josh Trank.
Mas afinal, como internet muda a opinião das pessoas? E será que o conceito de opinião mudou ao longo destes anos? Neste OmeleTV discutimos como as redes sociais podem ser nocivas na hora de formar uma opinião.
Assista ao recado do Omelete:
https://www.youtube.com/watch?v=fx_SfBzbuUk
Momentos “pingo nos is”, como diz Érico Borgo logo na abertura do programa desta segunda-feira, são sempre bem-vindos e cada vez mais necessários. Uma pena que seja em vão. E não é de hoje. No meu antigo blog, o Coluna Extra, fui vítima de uma ataque programado de uma lista de torcedores do Figueirense por causa de um comentário de um colega jornalista. O tom dos participantes da lista era “vamos lá detonar esse cara; quem ele pensa que é?”. E isso muito antes de Twitter e Facebook!
Mais fácil a gente caminhar para uma internet sem comentários do que para uma internet civilizada com respeito à diversidade de opiniões. Todo mundo quer liberdade, mas apenas aquela que lhe convém – de falar o que quer, sem o direito de outros se expressarem também.
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