O mês de maio é especial no litoral de Santa Catarina. As baixas temperaturas chegam e os olheiros, pescadores experientes das principais praias de Florianópolis, ficam mais atentos ao mar para identificar a chegada delas, as tainhas.
A pesca da tainha é uma atividade tradicional e faz parte da nossa cultura local. A chegada de um novo lanço é motivo de festa e de celebração. É um acontecimento quando o resultado é positivo com a captura de toneladas de tainha. E todo mundo que está na praia ajuda a puxar a rede e pode voltar para a casa com uma tainha fresquinha.
Na gastronomia, assada no forno, em postas ou escalada na brasa são as formas mais apreciadas. E ainda tem a ova, uma iguaria que faz sucesso nos bares e restaurantes aqui de Florianópolis.
A pesca da tainha por tudo o que representa ganha sempre destaque na mídia. E o interesse de ficar sabendo da captura faz da atividade um case para mostrar como o localismo pode ser uma alternativa para o jornalismo digital. O assunto vira até capa no dia seguinte, mas o que vale mesmo é saber do aqui e agora, antes mesmo que o peixe vá parar nas peixarias.
E sobre ser um tema que pode ser bem explorado por um site hiperlocal, uma pergunta: a quem interessa saber que houve a captura de 20 toneladas de tainhas numa praia em Florianópolis? Interessa aos moradores de Florianópolis, como meu pai, o seo Mauro, autor destas duas fotos do post, tiradas durante a chegada do barco com o saldo da pesca na Barra da Lagoa, na manhã desta quinta-feira.
É notícia, vira assunto para turma do dominó da Praia 15, mobiliza a cidade e se espalha rapidamente de ponta a ponta da cidade – o que prova que para ser hiperlocal um site não precisa ficar refém do trânsito nem da polícia. É parte de uma boa receita para conquistar a atenção do leitor. Será que estou sendo teimoso?
No Facebook
Vejam o desempenho das chamadas do principal lanço desta semana nas página no Facebook do Diário Catarinense, do Notícias do Dia e do De Olho na Ilha (apesar da página dos dois primeiros estarem mais focadas no conteúdo que todo mundo tem via agência do que o diferencial que só veículos de Florianópolis podem ter; o terceiro é focado nos assuntos da cidade).