Nesta edição:
– Conheça O Município
– Empreender no jornalismo
– Podcast como isca
– O ano do Podcast
– Segue o fio da fake news
– @ da vez e o que há por trás do fim das curtidas
– Twitter no túnel do tempo
O exemplo de O Município
É sempre com satisfação que recebo as (boas) notícias vindas do pessoal de O Município, jornal da cidade de Brusque (SC). Neste momento, a equipe comemora mais um recorde de audiência, o quarto consecutivo registrado em 2019.
Pude acompanhar de perto parte das mudanças implantadas nos últimos anos pelo O Município porque prestei consultoria, via Serverdo.in, e palestrei no lançamento do novo projeto do site e do impresso. E mesmo sabendo que não existe fórmula mágica, O Município é um exemplo pelas ações que vem tomando.
O foco é local (Brusque e região) e a mudança de chave para o digital foi antecedida pela renovação no perfil da redação, com editores e repórteres mais conectados. Isso resultou numa outra dinâmica para a cobertura dos fatos da cidade, o berço da fiação catarinense.
Prova dos acertos está na audiência crescente, mas também no aproveitamento comercial, gerando receita mesmo em tempos de crise do meio jornal. E mais: o modelo criado é replicável para outras regiões. Já há uma versão do site focada na cobertura de Blumenau e também é produzido conteúdo para os leitores de São João Batista, cidade vizinha a Brusque.
Não é por acaso que outros empreendedores da mídia tem visitado a redação de O Município para conhecer de perto como o ótimo trabalho vem sendo feito.
Acesse www.omunicipio.com.br
Sobre empreender no jornalismo
Os meios de produção foram para as mãos do jornalista. A gente conseguiu colocar um canal no ar, um bando de jornalista que não é rico nem nada, mas todo mundo é muito experiente. Com mais de 30, 40, 50 anos.
A frase é da jornalista Mara Luquet, ex-comentarista da TV Globo e da rádio CBN, e que há um ano, ao lado de sócios como Antônio Tabet, do Porta dos Fundos, lançou o MyNews, canal de notícias no YouTube. Está no site Notícias da TV.
Atualmente, o projeto passa por um período de captação de investidores, de contratação de novos jornalistas e de prospecção de novos projetos para o canal. Além de receber recursos do Fundo de Inovação do Google por ser considerada uma iniciativa de referência, o modelo de negócio inclui ainda a venda de assinatura por R$ 7,90 que inclui o recebimento de conteúdos exclusivos.
Podcast como isca
E 2019 está se desenhando como o ano do podcast. Além da produção de vento em popa, não param de pipocar também notícias relacionadas ao formato.
A da semana vem do New York Times, via ANJ.
O sucesso comercial dos podcasts do jornal foi determinante para o crescimento das receitas com publicidade no primeiro trimestre do ano. De acordo com o NYT, os podcasts, principalmente o The Daily, programa sobre as principais notícias do dia, elevaram em 19% o volume total da publicidade digital de janeiro a março deste ano.
O ano do podcast
Da mesma forma que o modelo que ajudou o The Guardian a ter lucro (você leu no Mapa Mental #12), o investimento em podcast do New York Times é animador e inspirador – o que não quer dizer que seja simplesmente replicável por aqui. Mas não há como negar que o podcast enfim está merecendo a atenção devida. Com alguns bons anos de atraso, é verdade, mas tudo tem seu tempo e isso possa fazer com que o aproveitamento do formato agora, especialmente, nos veículos tradicionais, ocorra com maior convicção.
Segue o fio da fake news
Raquel Recuero é uma das principais pesquisadoras sobre mídias sociais do Brasil e acompanha com olhar atento aos movimentos dos usuários do Twitter sempre que tema como a ganhar destaque no microblog.
Na última semana, Raquel compartilhou no Twitter, em forma de thread, alguns dos resultados da pesquisa da qual ela participa sobre desinformação e mídia social
“Fake news” uma thread – Dada a discussão sobre o assunto e os impactos, vou comentar um pouquinho sobre o que temos observado a respeito na pesquisa que temos feito sobre desinformação e mídia social no Brasil.
— Raquel Recuero (@raquelrecuero) 10 de maio de 2019
@ da vez
Na edição anterior do Mapa Mental, citei um comentário da jornalista, professora e pesquisadora Ana Brambilla. Não foi a primeira nem será a última vez que Ana aparecerá no Primeiro Digital. Na edição de hoje, por exemplo, compartilho o texto que ela publicou no LinkedIn a respeito das mudanças anunciadas pelo Facebook, enfatizando a questão da não exibição pública das curtidas no Instagram.
Escreveu a Ana:
(…) O mercado de influencers movimenta alguns milhares de dólares mundo afora. É uma economia paralela que acontece dentro do Instagram. Embora agite a plataforma e talvez gere algum post promovido, o grosso do dinheiro corre por fora, entre marcas, agências e usuários. Cortar a visualização de likes não tem nada a ver com qualquer preocupação com adicção em redes sociais. Está muito mais relacionado a enfraquecer o mercado de influencers, que bem ou mal disputa o mesmo budget de marketing digital ambicionado pelo Instagram.
Leia o post completo no LinkedIn da Ana.
E siga no Twitter: @anabrambilla.
Para entender as mídias sociais
Tive a oportunidade de ter aula com a Ana Brambilla no Master de Jornalismo Digital em 2014 e depois como ouvinte de uma disciplina no ISCOM, mas muito antes já conhecia o trabalho dela, especialmente pelos ebooks da série Para Entender as Mídias Sociais. Foram três edições, todas organizadas por ela.
Túnel do tempo
A primeira página inicial do Twitter em 2006 (via @JeffElder)
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Mapa Mental é a coluna de notas e insights do Primeiro Digital. Sempre às terças, uma nova edição.
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