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O que entendo por demanda é uma pergunta, um pedido por uma informação àqueles que estão diretamente capacitados a respondê-la. Não precisa ser teu amigo, teu contato no Facebook. Mas é fundamental que tenha uma relação muito próxima com o fato que o legitime enquanto cidadão repórter (ou village reporter, esse conceito já é velho).
Se você imagina que essa relação com o fato é espaço-temporal, está no caminho, mas não termina por aí. Estar imbricado a uma situação é mais do que presenciá-la como testemunha. É mais que estar no local, geograficamente, na hora de um fato X. Essa espécie de “repórter sob demanda” é o sujeito expert pela própria natureza – ou pelo próprio cotidiano.
Pergunte-se: sobre o que você saberia informar?
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Na ambição de atingir todo mundo, não passamos de paisagem no olhar cada vez mais desacreditado da população em relação ao jornalismo. Nos afastamos do público sob a falsa sensação de estarmos falando para ele, aquilo que ele mais necessita saber. Então pergunto: ele quem, coleguinha?
Leia o artigo completo de Ana Brambilla.
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